sábado, 3 de dezembro de 2011

Jezebel: “Liberty Walk” é a pior música de protesto!

O site Jezebel.com fez uma matéria criticando bastante a música e o videoclipe de Liberty Walk. O artigo é realmente grande, e eles comparam Miley a Pete Seeger. Confira a matéria traduzida abaixo:

Miley Cyrus pode estar recebendo várias críticas por sua canção que apóia a ocupação da Wall Street “Liberty Walk”, mas esse foi só um meio de personificar a mudança drástica de suas letras para: isso depende do auto-tune*. Aliás, “Auto-tune esta economia” seria o título mais apropriado para essa músicas mas, eu não sou Pete Seeger nem nada.

E nem a própria Miley Cyrus é, de acordo com um post feito no Chronicle of Higher Education pela Laurie Essig, onde toma a estrela de 19 anos de idade como uma garota que fez uma canção “lisa, altamente produzida e com um lucro motivado”, do contrário, há Seeger, que é uma lenda popular, que gravou “Bring ‘Em Home” em um barracão de alumínio e carregou seus singles em uma mochila em um tour pelos Estados Unidos, para trocar, com pessoas que nem conhecia, por uma cama e refeição.

Essig diz que tem certeza que a música “auto-produzida” de Miley, “Liberty Walk” provavelmente foi escrita numa sala da diretoria da quadrilha, depois que eles analisaram gráficos e por fim decidiram encher de verniz-eletrônico, a voz de Cyrus. Mas a verdade é que, toda música gravada com uma grande gravadora – como acontece com todos os filmes produzidos por grandes estúdios e todos os livros publicados por grandes editoras – tem características discerníveis de intromissão corporativa. Mesmo canções de protesto como as de Neil Young, Bob Dylan ou Bruce Springsteen, que lucraram com a exploração a insatisfação cultural ou desilusão das suas audiências.

A única coisa a qual Miley Cyrus deveria se culpar, foi de ter gravado essa música de merda, porém Essig vê “Liberty Walk” como uma forma particularmente flagrante e corporativa de fazer música, dada a natureza econômica dos protestos pela ocupação da Wall Street. Embora o verdadeiro sentido da canção foi falar sobre seus defeitos estéticos, como, o motivamento real de Cyrus lançar essa canção afinal, ela não é a única a falar sobre esse tema.

Se Miley Cyrus se preocupa com a justiça econômica, se ela quer representar um movimento que se baseia no que só pode ser descrito como uma redistribuição da riqueza, então ela não pode viver seu estilo de vida incrivelmente elegante e tentar lucrar com os sentimentos da época. Ela custa, afinal de contas, no valor de U$120 milhões.

Algo semelhante ecoou pelos corredores da cultura pop quando Jay-Z decidiu vender (surpresa!) camsisas sobre a ocupação da Wall Street e ficar com os lucros. Essig ainda diz que a diferença entre a música de Seeger “Onde estão todos os Flowers Gone” e “Walk Liberty” é super comercial, que Seeger era melhor e, portanto, deveria ter ganho mais dinheiro que Cyrus e seus produtores, para que parem de pensar em “só fazer sucesso” e para que comecem a parar de fazer canções de merda.

Não é difícil – mesmo se você estiver apenas um diletante musical – para criticar uma estrela pop, como Miley Cyrus, que nem é particularmente inovadora. Estrelas da música pop, especialmente do sexo feminino, parecem sofrer do estigma de despreocupação lírico ainda mais do que seus companheiros do sexo masculino, devido ao que Rhian Jones do blog de música “Bad Reputation” identifica como “a tendência machista de crítica de música”. Miley Cyrus, portanto, não é uma artista séria, mesmo se ela pode escrever uma canção cativante.

Talvez a diferença mais reveladora sobre a canção de protesto de Miley Cyrus e a de Bob Dylan e a de Pete Seeger, é que Cyrus é uma jovem, cantora pop, enquanto Seeger é um roqueiro velho, um cara que propositadamente cultivava sua própria imagem e música para atrair exatamente o tipo de ouvinte que evita pop chiclete sobre saltos. Eu não acho que alguém vai argumentar que Miley Cyrus não está tentando ganhar dinheiro com os ocupantes ou que “Liberty Walk” é um clássico instantâneo, mas Essig parece ter caído presa à idéia de que uma forma de tráfico de álbum é mais legítimo do que outro, quando a verdade é que todos os artistas de sucesso focar e explorar certos sentimentos que defendem as suas audiências. Como Party in the USA, que eu acho que todos nós temos feito um pouco mais do que nós gostaríamos de admitir.
*Auto-Tune (do inglês, “auto afinar”) é um processador de áudio criado pela empresaAntares Audio Technologies em 1994, que usa uma matriz sonora para corrigir as performances no vocal e instrumental. Ela é usada para disfarçar imprecisões e erros, permitindo assim que muitos artistas possam produzir mais.

A tradução do artigo foi feita por nos do Hannah Montana, portanto se for copiar total ou parcialmente dê os devidos créditos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário